O general Walter Souza Braga Netto, atual Comandante Militar do Leste e Interventor Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro negou nesta quarta-feira (28) que o déficit financeiro na Segurança Pública do Rio de Janeiro é de R$ 3,1 bilhões. Em evento na Associação Comercial do Rio, o general afirmou que a cifra “não é real” e que ela foi fruto de uma soma equivocada do passivo com a ajuda liberada pelo Governo Federal.
O valor de R$ 3,1 bilhões tinha sido informado inicialmente por deputados do Rio que participaram de uma reunião com o general no dia 19. Depois da reunião, o G1 questionou o Gabinete de Intervenção Federal sobre o valor, e recebeu uma confirmação. De acordo com o gabinete, na ocasião, os parlamentares foram informados que era “necessário R$ 3,1 bilhões para a Segurança Pública do Rio”.
“Desse total, R$ 1 bilhão seria para despesas com pessoal, o que é atribuição do governo do Estado. Dos R$ 2,1 bilhões restantes, R$ 600 milhões são para pagamentos de dívidas já existentes e R$ 1,5 bilhão para custeio e investimentos até o fim do ano”, acrescentou o gabinete, em nota.
No evento na associação Comercial, Braga Netto afirmou, segundo a assessoria de imprensa do evento: “Esse número [R$ 3,1 bilhões] não é real. Eu tenho recursos estaduais e federais. O Estado tinha um passivo de R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1 bi de salários atrasados e R$ 600 milhões de custeio e investimentos. O governador se comprometeu a colocar em dia todos os pagamentos atrasados da segurança pública, até o próximo dia 15. A confusão foi que somaram R$ 1,6 bilhão do passivo com o R$ 1,2 bilhão da verba liberada pelo Governo Federal, que vem para complementar”.
Roubo de cargas
Durante o evento, o interventor falou sobre pontos importantes para o empresariado, como o roubo de cargas. “Temos procurado integrar nossas ações com a Polícia Rodoviária Federal, traçando os principais pontos como a Avenida Brasil, a BR 040 e a RJ 101. Nossa intenção é que reduzir drasticamente esses números, mas extinguir é impossível”, informou.
Questionado sobre o prazo de duração da intervenção, até 31 dezembro, o general foi categórico: “Suficiente não é e não sei se vai durar até lá. Estamos focando nas ações emergenciais e estruturantes. Nosso trabalho é para que a PM tenha atuação militar e que a Polícia Civil faça investigação. Queremos padrão ‘CSI’. O que eu posso prometer é trabalho”, afirmou.
Verba
O presidente Michel Temer assinou nesta terça-feira (27) a medida provisória que destina R$ 1,2 bilhão para a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Na semana passada, o presidente havia afirmado que destinaria R$ 1 bilhão para a intervenção, após reunião com o general Walter Souza Braga Netto e o governador Luiz Fernando Pezão (MDB). O presidente decretou a intervenção em fevereiro e nomeou Braga Netto como interventor. A ação foi aprovada pelo Congresso Nacional e tem previsão de durar até 31 de dezembro deste ano. Enquanto durar a intervenção, Braga Netto responde pela estrutura de segurança, o que inclui polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e sistema carcerário do estado.
Matéria publicada no site globo.com
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Band News: https://pt-br.facebook.com/BandNews/videos/1052280768262443/
Valor Econômico: http://www.valor.com.br/politica/5416621/intervencao-no-rio-pode-acabar-antes-diz-general
Jornal do Brasil: http://www.jb.com.br/rio/noticias/2018/03/28/tropa-esta-na-rua-porque-sensacao-de-seguranca-nao-voltou-diz-interventor/