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‘Pico de demanda do consumo de petróleo vai ocorrer entre os anos 20 e 30’, diz Parente

Em evento na Associação Comercial do Rio, presidente da Petrobras destacou importância do pré-sal para esse cenário

RIO – Pedro Parente, presidente da Petrobras, disse que a expectativa é que o consumo de petróleo e derivados chegue a seu ápice entre as décadas de 2020 e 2030. Em evento na Associação Comercial do Rio, o executivo destacou que o pré-sal é importante para deixar a estatal preparada para esse cenário.

— O pico de demanda do consumo vai ocorrer entre os anos 20 e 30. O desafio da indústria é se preparar e esse é o desafio para enfrentar isso. Por isso, temos que investir no pré-sal. O Brasil perdeu oportunidade histórica de explorar os campos quando o petróleo estava em alta. Ficamos cinco anos sem rodadas — disse Parente.

Segundo ele, o pré-sal é extremamente importante para os indicadores de produção de petróleo da companhia. Ele destacou que esses campos tem índices mais elevados de produtividade e de sucesso exploratório em relação aos terrestres e de pós-sal.

— Um poço no pré-sal chega a produzir até 40 mil barris por dia. A média é de 26 mil barris por dia. O pré-sal é uma das três melhores áreas do mundo. O break even do pré-sal tem um barril entre U$30 e US$ 40. Por isso, há um grande interesse da indústria pela área — destacou o executivo, lembrando que o custo de extração desses campos é de US$ 7 por barril, sem contar com os investimentos para produzir.

US$ 7 BILHÕES PARA DESENVOLVER UM CAMPO DO PRÉ-SAL

Com executivos de várias empresas presentes no evento, Parente lembrou que o pré-sal consome 66% dos investimentos da companhia em exploração, contra 34% do pós-sal. Além disso, o presidente da Petrobras destacou que as parcerias estratégias formam um pilar importante na estratégia da empresa. Ele lembrou que a companhia anunciou nesta terça-feira um protocolo de intenção com a BP, e voltou a destacar que a meta de desinvetimentos é de US$ 21 bilhões até ano que vem.

Com as vendas de fatias em campos de petróleo, Parente destacou um dado curioso. Hoje, da produção atual, a estatal fica apenas com 51% do que é produzido no país. Os 26% restantes são destinados aos parceiros da Petrobras e os outros 23% cabem a outras companhias.

— A diversão é importante. Queremos levar essa diversificação em exploração para o refino . É um programa importante para focar no que é relevante e reduzir sua alavancagem. Nossa dívida bruta é de cerca de US$ 90 bilhões e pagamos de juros um adicional de US$ 7 bilhões em relação a nossos concorrentes globais. Esse valor de US$7 bi é quanto custa o investimento de um campo de petróleo — afirmou ele.

BUSCA DE SÓCIOS PARA O COMPERJ

Perguntado sobre o Comperj, em Itaboraí, no Rio, Parente destacou que as obras da unidade de processamento de gás natural vão começar em breve. Ele voltou a falar que está discutindo com sócios uma associação para concluir a unidade de refino.

— Se possível, seria interessante concluir a parte de refino do Comperj — afirmou. — Seria algo mais amplos como um revamp (renovação) do refino no Rio.

Publicado em O Globo Online – Dia 31/10
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