O anúncio foi feito pelo diretor-presidente da RioGamer (Associação de Games e e-Sports do Rio de Janeiro), Paulo Espanha, durante reunião online do Conselho Empresarial de Inovação, Comunicação e Tecnologia da ACRJ, dia 03/11. A aula inaugural da primeira turma do Projeto Código Brazuca acontecerá no próximo dia 9 de novembro.
O Código Brazuca tem o objetivo de promover negócios na área de desenvolvimento de games e de esportes eletrônicos, transformando o Rio de Janeiro em um centro de inovação para atender empresas, a área de educação e o próprio mercado de desenvolvimento de jogos por diversão. “Esse é um segmento que cresce a dois dígitos nos últimos 12 anos aqui no Brasil. Todas as startups de games cresceram, multiplicaram-se”, afirmou o diretor-presidente, lembrando que temos empresas premiadas e com vendas de mais de 10 milhões de cópias para a Europa.
Paulo Espanha enfatizou que existe um mercado muito grande de games e que a maioria sofre com falta de mão de obra de desenvolvedores. Por esse motivo, decidiu investir e capacitar jovens de 15 até 17 anos de idade para esse segmento.
Segundo ele, 20 meninos e meninas do Morro da Providência irão fazer parte do curso de capacitação para o mercado de jogos eletrônicos esse ano, com aulas presenciais. Para 2022, a expectativa é selecionar e formar 40, com aulas apenas online, pela manhã e à tarde.
Explicou que a seleção dos jovens foi feita por intermédio das escolas, próximas ao Morro da Providência, a partir de contato com a coordenação das instituições educacionais e do interesse dos alunos, que assistiram o programa e obtiveram informações de como será o curso. E destacou que maioria da primeira turma é formada por meninas.
O diretor-presidente acredita no futuro promissor desses alunos, que poderão, inclusive, atuar em estúdios de jogos nos mercados brasileiro e internacional. Mas até chegar na conclusão do curso, eles terão que frequentar assiduamente as escolas de origem e serão acompanhados pelos coordenadores das instituições, com o consentimento e envolvimento dos pais e/ou responsáveis.
O projeto, acrescentou, poderá ser ampliado para outras comunidades do Rio, Niterói ou de qualquer outra cidade do estado, podendo beneficiar as empresas de várias maneiras. Paulo Espanha citou o desenvolvimento de game específico para uma grande rede de supermercados, que precisava treinar seus funcionários para diminuir a perda de hortifruti no trajeto até as gôndolas. “Os games servem para capacitar, reforçar uma mensagem, engajar clientes, treinar equipes, além de, evidentemente, desenvolver jogos educacionais e até por diversão mesmo”, acrescentou.
O presidente do Conselho, Caio Rainério, comentou que esta é uma área muito rica. “Gera muita riqueza e cresce vertiginosamente. O projeto é muito interessante e tem tudo a ver com inovação e tecnologia”, finalizou.