O Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da ACRJ se reuniu virtualmente, dia 14 de outubro, e analisou o cenário de crescimento mundial para o ano que vem. Os conselheiros acreditam que a expansão ficará em torno de 4%, na média, projeção mais conservadora do que as previsões feitas anteriormente por especialistas.
Os conselheiros consideram importante estar atento ao comportamento da inflação, se vai subir pressionando as taxas de juros, desacelerando o crescimento, principalmente em algumas grandes potências, ou se estabilizar. Para eles, no geral, a tendência é que o cenário vai convergir para a normalidade. A inflação deve ter atingido seu pico e não há movimentação dos bancos centrais ou mundiais para a tomada de ações mais radicais.
O Conselho avaliou que os investidores têm uma visão negativa do Brasil por causa de uma série de fatores, incluindo a crise energética e a questão política. Segundo eles, para 2022, o país apresenta um cenário com dificuldades estruturais.
O embaixador Marcílio Marques Moreira, presidente do Conselho, tem esperança que o Brasil seja beneficiado com a melhora da conjuntura internacional. “O caminho para a normalidade a nível internacional parece ser bastante confortante para o Brasil. Isso se o país tiver, no mínimo, razoabilidade, bom comportamento”, ressaltou.
Os conselheiros reforçaram que a polarização das eleições brasileiras em 2022 vai influenciar o grau da desaceleração do crescimento brasileiro no ano que vem. Haverá ainda mais falta de confiança do consumidor e do empreendedor.
O presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, enfatizou que está impressionado com o volume de demandas que a Associação Comercial recebe de empresas e de setores para ajudar na busca de soluções para seus problemas.
Sobre as questões políticas, ele afirmou que o país vive uma fase muito difícil. “Eu acho que parte da economia brasileira reflete muito essa incerteza e essa volatilidade”, concluiu.