O secretário de Saúde do Município do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, participou de uma reunião virtual na ACRJ, 26/05, promovida pelo Conselho Empresarial de Medicina e Saúde. Durante o encontro, o secretário fez uma apresentação sobre “Momento da pandemia e vacinação no Rio de Janeiro” e informou que o retorno das atividades na cidade está previsto para o fim de junho, com a vacinação de 40 a 45% da população total da cidade.
“Com a vacinação a gente espera ter uma situação um pouco mais confortável do que temos hoje, que é essa situação de muitas pessoas internadas, internações graves e com taxa de ocupação das unidades tão alta, como está nesse momento”, ressaltou. Daniel Soranz lembrou que há um problema nesse período, já que existe uma questão sazonal muito forte que é a gripe nos meses mais frios do ano.
“Apesar da vacina estar conseguindo chegar com uma certa velocidade, temos um problema seríssimo que é a sazonalidade. A gente tem que ter cautela nas tomadas de decisões, nessa reabertura. Apesar do sentimento de otimismo, que vai aparecer mais para frente, não é o momento de baixar totalmente a guarda e nem de se descuidar porque temos um nível de transmissão muito alto na cidade”, reforçou o secretário.
Segundo ele, são dias muito tristes o que estamos vivendo e a situação é mais difícil na Secretaria, onde esteve à frente da pasta na gestão anterior do prefeito Eduardo Paes. “Encontramos uma rede com seis mil profissionais a menos do que tinha em 2016 e em um momento terrível onde as pessoas estão morrendo ou adoecendo gravemente com a Covid-19. É um misto de luto, de tristeza, com restrições graves a várias atividades econômicas e do nosso cotidiano”, lamentou Daniel Soranz.
Com as novas variantes, o secretário de Saúde disse que o sistema de alerta fica ligado. “A princípio, parece que as vacinas são efetivas contra essa nova variante, mas sempre tem que se preocupar”, reafirmou. Ele defendeu o avanço da testagem em portos, aeroportos e rodoviárias enquanto não há uma cobertura alta de vacinas. Daniel Soranz acredita que, provavelmente, será preciso continuar a vacinação em 2022 pela questão de novas variantes do coronavírus.
O secretário adiantou que será necessário construir uma rede de saúde de atenção primária permanente e adequada, que tenha a capacidade de vacinar a população em larga escala e em curto espaço de tempo. De acordo com ele, a construção vinha acontecendo desde 2009, com um planejamento de 20 anos para a cidade. Soranz alertou que no segundo semestre a demanda deverá ser intensa por causa de outras doenças que não foram tratadas nos últimos tempos devido ao coronavírus, além das sequelas e dos casos de problemas de saúde mental pós-covid.
“Agradeço a todos os presentes e em especial ao secretário Daniel, que fez uma apresentação muito necessária nesse momento”, comentou a presidente da ACRJ, Angela Costa. Para o presidente do Conselho, Gilberto Ururahy, “com tanto estresse e turbulência, agradecemos ao secretário por ele ter encontrado um parêntese em seu cotidiano para nos prestigiar”. O presidente da Câmara França-Brasil, Patrick Sabatier, e o presidente do Conselho Regional da Amcham Rio, Julian Fonseca Peña Chediak, que apoiaram a palestra, estiveram presentes ao encontro.
A apresentação do secretário Daniel Soranz, está disponível no canal ACRJ Divulga no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=D4OnfG0V1aE