O menino de seis anos de idade não imaginava que, ao iniciar sua coleção de mudas de plantas, em 1915, iria se tornar um dos arquitetos e paisagistas mais reconhecidos internacionalmente. Roberto Burle Marx assinou diversos projetos grandiosos, como o paisagismo do Aeroporto da Pampulha (Belo Horizonte), Aterro do Flamengo, Cidade Universitária e Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro).
Nos seus mais de dois mil jardins projetados, um mereceu atenção especial do arquiteto: o sítio, localizado em Barra de Guaratiba, com uma área de 365 mil metros quadrados. Burle Marx adquiriu a propriedade em 1949 e viveu no local de 1973 a 1994, ano de sua morte. O sítio tem mais de 3.500 espécies de plantas tropicais e semitropicais, coleção vegetal conhecida como uma das mais relevantes do planeta.
Patrimônio Cultural Brasileiro, desde 1985, quando o paisagista doou para o Iphan, o sítio era, no século XVII, chamado de Fazenda da Bica, já que existiam fontes de água que abasteciam a população. O local foi cenário também de saque e incêndio provocados por corsários franceses, que invadiram a cidade por Guaratiba, em 1710.
Além do contato direto com a natureza, uma visita ao Sítio Burle Marx proporciona muito conhecimento sobre as obras do paisagista, que também era pintor, desenhista, designer, escultor e cantor.
Para mais detalhes sobre o Sítio Roberto Burle Marx acesse o link do Almanaque Carioquice 2020.
Foto: Divulgação/ICCA