O governador Eduardo Leite foi o convidado do Almoço do Empresário promovido pela ACRJ nesta 6ª feira, 28 de novembro, quando abordou diversos temas e mostrou sua visão de país baseada em gestão profissional, responsabilidade fiscal e políticas públicas sustentadas em dados.
Na conversa conduzida pelo presidente da ACRJ, Josier Vilar, Eduardo Leite falou o modelo de gestão pública do Rio Grande do Sul, programas de segurança pública e de educação de seu estado, oportunidades de investimento, mencionando ainda as ações de recuperação do estado depois da tragédia climática e o processo eleitoral em 2026, entre outros temas.
No tema segurança pública, o governador destacou alguns resultados do programa RS Seguro, como a redução dos homicídios, roubos e crimes patrimoniais. Atribuiu o sucesso do programa ao avanço na integração policial, além da governança, da inteligência, do foco em lideranças do crime e de restrições mais rígidas no sistema prisional. “O modelo é consistente e continua gerando resultados melhores ano após ano, desde 2023”, afirmou.

Ele também mencionou a importância do associativismo e das instituições, como a ACRJ, que representam o empresariado. “É essencial ouvir associações comerciais para melhorar o ambiente de negócios e impulsionar produtividade e prosperidade”, disse.

Na área econômica, Eduardo Leite defendeu o ajuste fiscal pelo lado da despesa, a não criação de novos impostos para recuperar credibilidade e atrair investimentos, reforçando o discurso de eficiência. Ele explicou que o Rio Grande do Sul saiu de um colapso fiscal para recuperar capacidade de investimento com reformas estruturais que reduziram o déficit previdenciário pela metade e elevaram o orçamento para investimentos de 2% para quase 11% da receita. “O estado hoje é um bom lugar para se investir. Assinamos, para os próximos 15 anos, R$ 72 bilhões em PPPs e privatizações, ampliamos a digitalização de serviços e reduzimos carga tributária, consolidando um ambiente pró-negócios”, disse.
Questionado pelo presidente Josier Vilar sobre o uso das Emendas Parlamentares, o governador criticou o atual volume de emendas, afirmando que ultrapassa os limites razoáveis. “O excesso compromete políticas públicas estratégicas e deve ser contido, preservando planejamento e prioridades nacionais”, complementou.

Sobre Educação, Eduardo Leite afirmou que este é um tema estratégico e alertou para três fatores que aprofundam a perda de capital humano: evasão escolar, aprovação automática e queda de produtividade da força de trabalho. Citou o modelo de ensino integral que, segundo ele, só funciona com reforma pedagógica robusta; “caso contrário, amplia a evasão escolar”.

Eduardo Leite finalizou explicando que a tragédia climática que o Rio Grande do Sul sofreu no ano passado, o governador reconheceu as limitações estruturais do Estado, mas disse que “décadas de fragilidade fiscal reduziram a capacidade de resposta. A gravidade dos eventos climáticos ultrapassou qualquer estrutura instalada, mesmo em cenários sem negligência”.




Fotos: fotos Estefan Radovicz