Reunidos dia 25 de fevereiro, os membros do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRJ debateram a situação da concessão da Estrada de Ferro 118 e a questão da infraestrutura do estado do Rio de Janeiro, entre outros assusntos de interesse.
Motivo de muita discussão e questionamentos em diversos fóruns, incluindo o Conselho da ACRJ, a modelagem da concessão da EF-118 (Vitória-Rio) foi validada pelo Governo do Estado e formará o Anel Ferroviário do Sudeste. A licitação do primeiro trecho da ferrovia, entre São João da Barra (RJ) e Anchieta (ES), deverá acontecer no fim deste ano. O assunto será acompanhado de perto pelo Conselho de Logística e Transporte.
O Conselho também vai analisar um ranking dos estados com melhor infraestrutura do país, divulgado pelo Centro de Liderança Pública. O Estado do Rio aparece em 7º lugar entre todos os estados brasileiros, caindo cinco posições.
Também abordaram a questão do serviço de motocicletas por aplicativo e o impacto no transporte urbano. Considera-se preocupante que, no ano passado, o número de acidentes entre motos e ônibus e o impacto no serviço público de saúde. Em apenas um mês chegaram a ser registrados 38 acidentes com moto e cerca de 60% das pessoas que entram nas emergências dos hospitais são com fraturas provenientes de acidentes de motocicletas.
O presidente do Conselho, Eduardo Rebuzzi, sugeriu que a discussão sobre este assunto seja ampliada, incluindo outros temas como segurança e mobilidade de uma forma geral, e que seja realizado um seminário trazendo o Poder Público e concessionárias para abordar todas essas questões que vem ocorrendo na cidade do Rio.
Encerrando a reunião, Ednei Oliveira fez uma apresentação sobre o Projeto do Complexo Portuário e Hidroviário do Rio Guandu-RJ, de autoria do Condeports, presidido por ele. O Conselho Internacional Público Privado de Desenvolvimento Econômico e Social de Portos, Aeroportos e Infraestrutura (Condeports) propõe a construção de um porto e infraestrutura hidroviária em Seropédica no Rio de Janeiro. O objetivo é desafogar os portos da cidade e tornar o local um polo logístico do estado, integrando o município ao cenário global de transporte de cargas e estimulando o desenvolvimento socioeconômico da região.
O rio Guandu tem 48 km de extensão, nasce do Ribeirão das Lages e deságua na Baía de Sepetiba. Atualmente tem uma situação ambiental complexa, com poucas formações florestais, principalmente nas áreas de baixada, espaços rurais, de expansão urbana, industriais e residenciais com alto grau de poluição.
Estiveram presentes na reunião como convidados, Valéria Xavier, representando o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e Thör Carvalho, presidente do Conselho Empresarial das Micro e Pequenas Empresas da ACRJ.