A ACRJ promoveu nesta 3ª feira (18/2), o seminário “Rio de Janeiro: Berço de Oportunidades no Comércio Exterior”, que contou com a presença de especialistas dos setores público e privado e empresários para debater as oportunidades de importação e exportação para empresas do Rio de Janeiro e a internacionalização de empresas para o mercado americano. A iniciativa foi do Conselho Empresarial de Relações Internacionais e Comércio Exterior da ACRJ, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (Sedeics).
Ao dar as boas-vindas aos participantes do seminário, o presidente da ACRJ, Josier Vilar, disse que é muito importante que as empresas do Rio estejam se profissionalizando para aproveitar todas as oportunidades que possam surgir no comércio exterior. “Este evento, organizado pelo grupo Oxford e o nosso Conselho com apoio da Secretaria, está nos proporcionando conhecer o que o mercado internacional tem a nos oferecer. A Associação Comercial está fazendo um grande movimento de fortalecimento da economia fluminense, particularmente da capital e da região metropolitana. Precisamos estar todos juntos para estimular o nosso ambiente de negócio”, enfatizou.

Na abertura do seminário, a secretária Fernanda Curdi destacou o imenso potencial do Estado como um polo estratégico de negócios internacionais, com uma infraestrutura robusta e um ambiente de negócios cada vez mais favorável para aqueles que desejam expandir suas fronteiras. “Nossos portos, aeroportos e rodovias são portas de entrada para o mundo, conectando nossos produtos e serviços a mercados globais e atraindo investimentos que impulsionam o crescimento econômico e a geração de empregos”, acrescentou.

Ela ainda ressaltou que “o Governo do Estado tem trabalhado ativamente para fortalecer esse ambiente de negócios, reduzindo a burocracia, investindo em inovação e promovendo políticas que incentivem o crescimento sustentável. Com o apoio da Codin e desta casa do empresário fluminense estamos criando as condições necessárias para que o setor avance, gerando mais oportunidades, empregos e desenvolvimento para a nossa região”, afirmou.
Michelle Fernandes, presidente do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da ACRJ lembrou o legado deixado pelo patrono da Associação Comercial, o Barão de Mauá, que plantou a semente do comércio exterior no Brasil. “Hoje, o comércio exterior no Rio de Janeiro retoma seu protagonismo. Estamos em um estado que conta com sete portos organizados, fundamentais para o escoamento de nossas riquezas, posição geográfica privilegiada e estratégica para o comércio internacional e logística eficiente, ou seja, vivemos um momento favorável, com novas oportunidades. Seguimos juntos, com ética, dedicação e paixão pelo comércio exterior, certos de que o fortalecimento das nossas relações comerciais é também o fortalecimento do nosso Brasil”, disse.

O seminário contou com o debate dividido em três painéis. O painel 1, “Internacionalização para empresas estrangeiras nos EUA”, com a participação dos especialistas Carlo Barbieri, do Oxford Group, centro de apoio ao desenvolvimento e internacionalização de empresas brasileiras no exterior (Acesse aqui a apresentação), e Carlos Buqueras, do Porto Manatee, no estado da Flórida, muito bem localizado do ponto de vista geográfico e com um ambiente de negócios muito propício. A mediação foi de Edilberto Braga, do Oxford Group no Rio.
Neste painel, os participantes mostraram que os Estados Unidos representam um dos mercados mais atrativos para empresas estrangeiras que buscam expansão internacional. O país oferece diversas oportunidades para companhias de diferentes setores, entre elas, acesso a um mercado de alto poder aquisitivo; um ecossistema robusto nas áreas de inovação e tecnologia; oportunidades de expansão logística; incentivos fiscais. As empresas que pretendem se internacionalizar para os Estados Unidos poderão ampliar significativamente a presença de uma empresa no mercado global. Com planejamento adequado, conhecimento do ambiente de negócios e parcerias locais, empresas estrangeiras podem maximizar suas chances de sucesso no mercado americano.
Zona de Processamento Industrial
Foi mencionada também a Zona de Processamento Industrial (Foreign-Trade Zone – FTZ) nos Estados Unidos, área designada pelo governo onde empresas podem importar, armazenar, processar ou fabricar mercadorias com benefícios fiscais e aduaneiros antes da distribuição no mercado interno ou exportação. A FTZ se caracteriza, entre outros, pela isenção de tarifas e impostos, onde os produtos podem ser importados sem pagamento de impostos alfandegários. As empresas garantem, desta forma, redução de custos operacionais, menos burocracia e flexibilidade no armazenamento de produtos, já que os estoques podem ser mantidos sem pressão tributária.
No painel 2, “Oportunidades na Exportação”, os convidados foram Rafael Menezes, assessor da Vice-Presidência do Codin, que falou sobre a importância da ZPE (Zona de Processamento de Exportação) para o desenvolvimento econômico do Rio de Janeiro; Leandro Lopes, do RioGaleão, abordando o impacto econômico do aeroporto internacional no comércio exterior do Rio de Janeiro (Acesse aqui a apresentação); e José Niemeyer, professor do Ibmec, que traçou um panorama do atual cenário das relações internacionais, especialmente com o novo governo dos Estados Unidos. A mediação foi da vice-presidente do Conselho da ACRJ, Ana Lucia Loureiro.
Encerrando os debates, o painel 3 abordou “Oportunidades na Importação”, com a presença do advogado Augusto Fauvel, da Comissão de Direito Aduaneiro da OAB, falando sobre redução de riscos com compliance aduaneiro e enfatizando que “as empresas devem tornar o compliance mais do que uma obrigação: uma vantagem estratégica.
Roberto Godinho, conselheiro da ACRJ e do Ibeu, apresentou o tema oportunidade no multilateralismo (Acesse aqui a apresentação); e Filipe Coelho, presidente do Sindicarga RJ, que abordou, entre outros temas o RioComex e o custo logístico, que, segundo ele, torna o Rio de Janeiro uma escolha estratégica para operações internacionais e fortalece a competitividade das indústrias e do setor de serviços do estado (Acesse aqui a apresentação). “A logística é o eixo fundamental da economia, garantindo eficiência, conectividade e dinamismo ao comércio global. E, diante da posição privilegiada do Rio de Janeiro, é essencial que continuemos investindo em infraestrutura, inovação e políticas públicas que potencializem ainda mais esse diferencial competitivo”, completou.
RioComex
É um programa de incentivo fiscal do estado do Rio de Janeiro, criado para estimular o comércio exterior e fortalecer a economia local. Ele oferece benefícios fiscais para empresas que operam no setor de importação e exportação, tornando o estado mais competitivo no cenário nacional e internacional.
Principais Benefícios:
- Redução da carga tributária: Diminuição da alíquota do ICMS para operações de importação e exportação.
- Competitividade: Facilita a atração de empresas e investimentos para o Rio de Janeiro.
- Estímulo à logística e infraestrutura: Incentiva o uso de portos e aeroportos locais, gerando empregos e movimentando a economia.
- Facilidade no desembaraço aduaneiro: Agilidade nos processos para reduzir custos e tempo de operação.
Confira alguns momentos do encontro








Fotos Kaique Galiza