As especialistas Marie Bèndelac e Mayara Sant’Anna foram as convidadas da reunião mensal do Conselho Empresarial de Governança, Compliance e Diversidade da ACRJ, realizada dia 4 de outubro. Elas debateram um tema importante para as empresas e instituições que diz respeito ao compliance empresarial e enfatizaram a Comunicação Não-Violenta e a Prevenção ao Assédio Moral e Sexual.
Marie Bèndelac, fundadora da Be People1, abriu sua palestra falando sobre a comunicação não-violenta no ambiente empresarial e o método desenvolvido por ela chamado Conecta, que promove a comunicação consciente e construtiva no ambiente de trabalho.
Ela apresentou alguns exemplos de comportamento inadequados e citou dados que mostram que colaboradores em empresas que fomentam a confiança são 76% mais engajados e 50% mais produtivos. Enquanto as empresas são 22% mais lucrativas e apresentam 37% menos absenteísmo.
Ela listou ainda os oito padrões de linguagem perigosos que precisam ser evitados, seja no ambiente corporativo ou até mesmo na vida privada. São eles, reclamar/se queixar; aconselhar sem ser solicitado; fazer previsões; rotular/criticar; exagerar (sempre/nunca); ameaçar; generalizar e comparar.
A advogada Mayara Sant’Anna, associada trabalhista sênior da Veirano Advogados, é especialista em Compliance Trabalhista e no impacto social das práticas trabalhistas. Ela falou sobre a prevenção do assédio sexual e moral nos ambientes de trabalho, destacando algumas iniciativas que devem ser adotadas para prevenir os casos, que quando ocorrem geram prejuízos de milhões de Reais para as empresas, além do dano psicológico nas vítimas.
Segundo ela, é muito importante o treinamento de líderes e gestores sobre este assunto, acessar sempre o Canal de Denúncias e promover investigações internas eficientes. “O empregado precisa ter a segurança de fazer uma denúncia e que ela será apurada de forma imparcial. A consciência e a mudança de atitude devem vir de cima. Então é extremante importante que esses líderes tenham consciência e saibam o que fazer, e o que não fazer, e como acolher as pessoas que sofrem assédio moral e sexual, porque as mulheres que são assediadas se sentem humilhadas. A mudança é um processo, mas precisa começar”, afirmou.
“Com nossas palestrantes de hoje, fica ainda mais claro como avançar na Agenda Positiva de Compliance, ou seja, aumentar a confiança interna nas relações corporativas estimula resultados positivos, engajamento e lucro das empresas”, finalizou o presidente do Conselho, Humberto Mota Filho.