A vice-presidente do Conselho Empresarial de Educação da ACRJ, Beatriz Alquéres, abriu a reunião mensal, dia 31/7, apresentando os desafios e oportunidades da área de Educação, analisando a habilidade da criatividade, uma das mais relevantes quando se fala em Futuro do Trabalho na avaliação do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Ela mostrou o trabalho desenvolvido pelo Instituto Ayrton Sena avaliando o último relatório do PISA de 2022. O PISA é coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A presidente do Conselho, Maíra Pimentel, destacou “a importância da conexão do desenvolvimento criativo em um mundo contemporâneo, acelerado pelos processos de transformação digital, adaptação e flexibilidade, que são essenciais para o desenvolvimento de qualquer negócio”. Ela lembrou que essas são características de pessoas que tem um pensamento criativo mais desenvolvido, por isso a relevância deste tema para o Conselho de Educação. “Por esta razão também estamos nos debruçando sobre esta dimensão tão importante que tem tudo a ver com o desenvolvimento econômico, social e de novos negócios”, completou.
O PISA é uma pesquisa realizada a cada três anos com estudantes de 15 anos ao redor do mundo, que avalia até que ponto eles adquiriram conhecimentos e habilidades essenciais para a plena participação na vida social e econômica.
No relatório de 2002 apresentado pela vice-presidente, o Brasil apresentou desempenho de 23 pontos, 10 pontos abaixo da média da OCDE, e figura na 44ª posição, semelhante a países como Peru, Arábia Saudita, Panamá e El Salvador. Mais da metade dos participantes do Brasil (54,3%) pontuou abaixo do nível 2 (comparado a 5,7% dos estudantes de Singapura); e apenas 10,8% dos estudantes do Brasil pontuou acima do nível 5 (comparado a 57,8% dos estudantes de Singapura),
Para o Programa, o Pensamento Criativo é entendido “como a competência para se engajar produtivamente na geração, avaliação e aprimoramento de ideias que podem resultar em soluções originais e eficazes, avanços no conhecimento e expressões impactantes da imaginação”. Também destaca que desempenho acadêmico importa, mas não é pré-requisito para o pensamento criativo.
Segundo o PISA, em média, as meninas pontuaram até 3 pontos a mais do que meninos, que pode ser explicado pelas atitudes das meninas em relação ao aprendizado de criatividade, como a sua maior capacidade em relação aos meninos de tomar perspectivas diferentes sobre um mesmo problema ou situação.
O relatório abordou temas como clima escolar e criatividade; práticas de sala de aula; atividades intra e extracurriculares; ambiente digital, entre outros.