A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) recebeu, no fim da tarde de ontem (14), o pré-candidato à Presidência da República Paulo Rabello (PSC), para palestra sobre metas, economia e reformas. O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) falou sobre o panorama político e pesquisa de opinião CNT/MDA, divulgada recentemente. “O resultado espontâneo tem uma característica interessante. Quem ganha esta eleição hoje são os votos brancos e indecisos. Numa conta rápida que fiz, algo em torno de 61% do total dos votos”, analisa. O economista ainda explica que esse cenário tão incerto foi o que o motivou a se candidatar.
Rabello comentou sobre a gestão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fez críticas ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff. “O IBGE tem que buscar estatísticas. Às vezes tenta, mas a presidente Dilma consistentemente, desde 2011, negava a verba para fazer o censo agropecuário, por exemplo. Isso mostra que quando alguém sofre um impeachment nunca é pelo único pecado confessado ou denunciado. Existe crime maior que apagar a luz da informação estatística? ”, questiona.
O pré-candidato ainda falou sobre seu plano de metas e a singularidade de sua candidatura. “O que nos distingue nesta eleição é que temos um currículo que mostra que vamos lá e botamos a bola no gol. Cumprimos o que prometemos”, afirma. “Temos que dar créditos a micro e pequenas iniciativas. Para isso estudamos o maior programa de ‘maternidade de empresas’. Serão milhares de empresas incubadas. A Zona de Processamento de Exportação será outro programa de emprego. E um programa de fomento ao turismo”, explica.
“Essa conversa de coligação que não coliga com nada, só o tempo de televisão, é um sequestro à inteligência do eleitor. Estão chamando a todos de idiotas. Não vamos fazer isso, temos um programa e uma oferta que o eleitorado pode comprar”, prometeu Rabello.
Sobre a questão tributária, o economista explicou o que planeja para o ICMS. “O ICMS nacional compartilhado, que é o único imposto, vai ter uma arrecadação composta também de outras alíquotas. Não vamos saber se o estado vai ganhar ou perder. O que não podemos é pactuar com exceções”, afirmou. “O ICMS é voltado parte para o estado produtor e o resto é um sistema de arrecadação para o estado de consumo. Em compensação, o estado produtor pode fazer o que bem entende com aquela parte que lhe cabe, usar para incentivos, se quiser. Mas Conselho Nacional de Política Fazendária, o Confaz, não precisa mais existir, dando unanimidade para ninguém”, finalizou.
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