A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) recebeu nesta sexta-feira, 13, o pré-candidato do Partido NOVO à Presidência da República, João Amoêdo, ocasião em que apresentou tópicos de seu plano de governo. A palestra faz parte do ciclo ‘Brasil em Debate’, promovido pela ACRJ, aberto àqueles que vão concorrer ao comando do país nas próximas eleições, em outubro. O objetivo dos encontros é discutir temas, principalmente os que são considerados prioridade para a ACRJ, como a Intervenção Federal na segurança pública do Estado; a retenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do petróleo na origem e não no destino; a questão do Rio ser a porta de entrada do turismo internacional e a regulamentação excessiva do ambiente de negócios.
O presidenciável contou sobre a decisão, em 2010, e a dificuldade em fundar o Partido NOVO, em 2015, e como enxerga a necessidade urgente de reciclar as lideranças no país. “A política é o caminho para melhorar a vida das pessoas, mas precisamos de novas ideias, lideranças e práticas. Quem não quer a mudança dificulta a entrada dos outros. A solução que queremos não virá dos políticos que temos. Precisamos de novos líderes que inspirem pelo exemplo, que entreguem resultados e sejam transparentes. Quem ganhar vai assumir uma nação muito fragilizada. Não há um salvador da pátria, cada um de nós é o salvador que a pátria precisa”, afirmou Amoêdo.
Ressaltou que os filiados do partido – que não utiliza o fundo partidário eleitoral e sobrevive unicamente da contribuição de cada um, de R$29 ao mês – têm a ficha limpa e passam por processo seletivo. “Não utilizamos dinheiro público. Chegou a hora da mudança, de um novo Brasil, onde todos possam chegar lá”, assinalou.
Para alcançar a tríade país seguro, simples e livre, Amoêdo defende corte nas regalias. “Nas eleições, ouvimos sempre candidatos com muitas ideias. O desafio é coloca-las em execução. Antes de construir, há muito a desconstruir, combatendo os privilégios e enfrentando as resistências”, elencou. Defendeu, ainda, “um país que funcione”, focando no combate à corrupção; na defesa da segurança, inclusive a jurídica; o equilíbrio das contas e menor burocracia e maior abertura econômica. “O brasileiro não precisa de um Estado grande, porque é pobre. Ele é pobre justamente por ter um Estado grande”, enfatizou.
Questionado sobre a Intervenção Federal na segurança pública, Amoêdo disse que encara a ação como positiva e necessária, mas entende que será preciso discuti-la com o próximo governador, uma vez que algumas reformas precisam ser feitas e que não são possíveis com o Estado sob intervenção. Ressaltou também a importância da integração entre as polícias e de valorização dos profissionais, sem a generalização de que os policiais são “do mal”. Sobre a descriminalização das drogas, o presidenciável disse ser contra. “A forma de combater não tem sido eficiente no Brasil e nem em outros locais do mundo. É necessário avaliar ainda o melhor modelo”.
Sobre finanças, disse que o déficit da previdência é o mais relevante. “A ideia inicial é aprovar no Congresso a última proposta e resgatar coisas da primeira edição”. E finalizou afirmando que “o NOVO é uma instituição que tem o DNA da inovação. Temos uma visão de longo prazo e a liberdade como um valor, meio e fim”.