A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) recebeu nesta terça-feira, 17, o pré-candidato do Partido Podemos à Presidência da República, Álvaro Dias, ocasião em que apresentou tópicos de seu plano de governo. A palestra faz parte do ciclo ‘Brasil em Debate’, promovido pela ACRJ, aberto àqueles que vão concorrer ao comando do país nas próximas eleições, em outubro. O tom da palestra do presidenciável foi baseado em mudanças e renovação. O parlamentar falou, ainda, sobre a importância da reforma do estado, da privatização de empresas e sobre a esquizofrenia no debate político.
“Nossos governantes devem pedir perdão ao povo brasileiro. Não souberam explorar as riquezas extraordinárias desse país. Desperdiçaram oportunidades de desenvolvimento econômico e castigaram a população brasileira a uma vida inferior a suas possibilidades e potencialidades. O que fazer agora? Precisamos refundar a República”, apontou o senador.
Para o político, “não existe a hipótese” de abrir mão de disputar o cargo para apoiar Geraldo Alckmin. “Falam de um possível entendimento com o PSDB, quando não há nenhuma hipótese disso. Estou nessa campanha para cumprir uma missão de denunciar esse sistema e para propor um rompimento. Não há nenhum propósito de buscar um espaço mais confortável, de menos responsabilidade. Nós estamos assumindo por inteiro a responsabilidade dessa proposta de rompimento com o sistema e vamos até o fim. Terei o apoio de muitos tucanos. Será uma eleição de dissidências, suprapartidária”, afirmou Dias.
Álvaro Dias ainda enumerou os três grandes desafios do Brasil: o fiscal, o dos investimentos e o da produtividade. “Em 1998, o Brasil tinha uma carga tributária equivalente a 26% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2006, chegamos a 33% do PIB. Atualmente, estamos próximos dos 40%”, apontou. “É essencial melhorar o ambiente de negócios para o país voltar a crescer de forma acelerada. Tirar das gavetas os investimentos guardados, gerar empregos. É valorizando quem trabalha e quem produz que se combate a pobreza. E é preciso combater privilégios dando exemplos”, avaliou.
Sobre apoio partidário, Dias revelou que está tratando da adesão de pelo menos três siglas. “Eu busco apoio sim, porque nós precisamos ampliar nosso espaço de TV para poder ter oportunidade de mostrar nossa proposta”, avaliou. O ex-governador do Paraná explicou que tem conversado com o PRB, o PROS e o DEM, mas ainda sem nada definido.
Questionado sobre a Intervenção Federal na segurança pública, Álvaro disse que esse assunto não estaria sendo discutido se o governo oferecesse segurança pública adequada à população. “Nós pagamos impostos para sermos defendidos pelo Estado brasileiro. Certamente não é a melhor solução, mas se o desespero bater, é evidente que teremos que discutir a prorrogação ou não da Intervenção. Um governo que assuma com credibilidade e se imponha como autoridade pode dispensar a Intervenção”, finalizou.
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Assessoria de Imprensa da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)