Por Josier Vilar, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Artigo publicado no jornal Diário do Rio
Na 1ª metade do século passado o remo era uma das modalidades que mais atraíam os jovens cariocas para as atividades esportivas.
Foi assim que em 1954 o governo construiu o estádio de remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, palco de inúmeras e emocionantes competições aquáticas, que mobilizavam milhares de pessoas para aqueles eventos.
Já no início dos anos 2000, o complexo desportivo foi transformado em área de lazer e entretenimento com a criação do Lagoon, que abrigava cinemas, restaurantes, casas de shows e, obviamente, atividades desportivas aquáticas.
A cessão pelo governo estadual daquele espaço a uma empresa privada chegou ao final do seu contrato de concessão em 2020. Desde então, pendências judiciais resultaram na transformação de um dos mais belos e acolhedores espaços públicos da cidade em um verdadeiro cemitério de boas lembranças.
Os governos estadual e municipal, e o poder judiciário, precisam estar unidos no mesmo propósito de acelerar o processo de finalização das pendências existentes com os antigos concessionários e promover um novo processo de concessão atrativo e economicamente sustentável, que possa devolver aos cariocas e visitantes de todos os lugares do mundo, um local de encontros, esportes, eventos, lazer, gastronomia, cultura e arte privilegiado, de acesso, localização privilegiada e segurança que a cidade tanto necessita.
O Lagoon não pode permanecer abandonado e com um patrimônio público se deteriorando.
O Rio precisa voltar a ser um local atrativo e seguro para se Viver, se Investir, se Visitar e se Divertir.
O Rio precisa do seu Lagoon de volta.
Publicado no Diário do Rio
Foto de capa: Cleomir Tavares/Diário do Rio