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Transporte ferroviário foi tema de debate no Conselho de Habitação e Desenvolvimento Urbano

O arquiteto Sérgio Magalhães, presidente do Conselho Empresarial de Habitação e Desenvolvimento Urbano da ACRJ, coordenou, dia 2 de outubro, a reunião de diplomação dos conselheiros para o biênio 2023/2025. O encontro foi aberto pelo presidente da Associação Comercial, Josier Vilar, que ressaltou o papel de advocacy da ACRJ nas questões de interesse para a cidade e o Estado do Rio.

“O desafio aqui é debater e propor ações para o acesso da população às condições dignas em áreas como habitação, saneamento, saúde e outras. E a ACRJ fará seu papel de atuar na defesa dos interesses do Conselho junto aos poderes públicos da Cidade e do Estado”, afirmou.

O Conselho recebeu como convidado, o representante da concessionária de trens Supervia, Rodrigo Vieira. Ele fez um relato sobre a atuação da empresa no transporte de passageiros na região metropolitana do Rio e os principais gargalos enfrentados para a entrega de um serviço de qualidade. Um deles é a questão da segurança, considerada por todos os presentes como uma prioridade.

Sérgio Magalhães acrescentou que “o Poder Público precisa urgentemente retomar o controle urbanístico da cidade para que a segurança exista”. E o Conselho, de acordo com ele, vai contribuir para o debate e a formulação de propostas, especialmente nesta área de mobilidade e, especificamente, de transporte ferroviário. “Nossa contribuição será sempre para a melhoria da qualidade de vida da população e a área de transporte é fundamental para isso, já que a maioria das pessoas leva muito tempo no deslocamento casa-trabalho”, disse.

De acordo com Rodrigo Vieira, o sistema ferroviário do Rio, que já chegou a transportar pouco mais de 1 milhão de pessoas por dia, atualmente não chega a 300 mil passageiros diariamente. Hoje são cerca de 200 km de trilhos e 105 estações para atender esta demanda.

O vice-presidente do Conselho, Vicente Loureiro, destacou o grande desafio que o grupo terá pela frente para ajudar a melhorar o transporte ferroviário da região metropolitana. “Muitos investimentos foram feitos nos últimos 30, 40 anos, mas pelo visto não foram suficientes. Precisamos atacar o problema da gestão, temos que focar nisso também. Um bom plano é aquele que é realizável”, disse.

Os conselheiros fizeram várias sugestões que serão agora debatidas internamente. Presente à reunião, o presidente do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRJ, Eduardo Rebuzzi, sugeriu o desenvolvimento de ações conjuntas com o Conselho de Habitação e Desenvolvimento Urbano nesta questão de mobilidade. Ele antecipou o convite para que o representante da Supervia também participe da reunião do Conselho que preside, para que possa fazer a mesma apresentação aos conselheiros.

po Cláudia Moreira