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Conselheiros da ACRJ consideram difícil aprovação da Reforma Administrativa em 2020

A reunião do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da ACRJ foi marcada pela análise das reformas Administrativa e Tributária. Para os conselheiros, a prioridade em 2020, é a aprovação das PECs desbucratizantes (Propostas de Emenda Constitucional), em especial a de Emergência, indispensável para os casos de graves crises fiscais da União ou dos Estados. 

“Em termos de prioridade, as PECs são as mais urgentes de apreciação. Em relação a aprovação da Reforma Administrativa, pela sua natureza é complicado que passe no Congresso em um ano eleitoral”, avaliou o presidente do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas, embaixador Marcílio Marques Moreira.

De acordo com os conselheiros, foi precipitado o modo como o Governo apresentou a Reforma Tributária, mudando todo o sistema tributário existente em vez de priorizar a sua simplificação. Eles analisaram que o ministro da Economia Paulo Guedes está procurando um “imposto para a era digital”, tal como os europeus estão tentando para taxar a Amazon, Google, Facebook e Apple, ainda sem sucesso. “Fala-se no retorno da CPMF. O mundo mudou, a CPMF não deveria entrar mais em discussão. O primeiro passo deve ser simplificar levando em conta o momento atual em que vivemos”, afirmou Marcílio Marques Moreira.  

Os conselheiros concordaram que a Reforma Tributária passa pela simplificação dos impostos, incluindo a retirada de obrigações acessórias burocráticas e muitas vezes incoerentes.

Durante a reunião, trataram da economia americana, europeia e chinesa, além da brasileira. Segundo eles, a economia dos Estados Unidos está dando sinais positivos, está indo bem e, se nada acontecer, pode vir a assegurar a reeleição do presidente Donald Trump. No que diz respeito aos chineses, os conselheiros acreditam que o país vai procurar pisar no acelerador uma vez superado o problema do coronavírus, afim de melhorar e permitir à obtenção da meta de crescimento de 6% em 2020.

Quanto à economia brasileira reconheceram que os desafios a superar são grandes, mas que a previsão de crescimento entre 2% e 2,5% ainda é a mais consistente.